quinta-feira, 3 de agosto de 2017

TEMPOS DO MODO INDICATIVO - EXERCÍCIO

Classifique os verbos destacados de acordo com o que expressam em relação ao tempo:
A.   indica algo que ocorre no momento da fala
B.   indica um fato que acontece sempre
C.   indica uma ação pontual, marcada no tempo
D.   indica uma ação que se prolonga no tempo, algo que costumava acontecer
E.    indica uma ação que ocorreu antes de outra também no passado
F.    indica uma ação que ocorrerá depois do momento da fala
G.   indica uma ação futura que ocorreria se uma condição fosse atendida

1.     Eu estou muito feliz hoje. (    )
2.     Eu estudei para a prova ontem.(    )
3.     Minha irmã bebia leite puro quando era criança.(    )
4.     Quando Lara chegou, a professora já começara a explicação.(    )
5.     Leonardo assistiu ao filme comigo.(    )
6.     Amanhã  será um dia cheio.(    )
7.     Se você tivesse estudado mais, suas notas seriam melhores.(    )
8.     Laura encontrou o celular que perdera no parque.(    )
9.     Todos os dias João passeia com seu cachorrinho.(    )
10.           Você sempre  precisava do meu apoio.(    )
11.           Nas próximas eleições elegerão um novo prefeito.(    )
12.           Nós participaríamos da competição se tivéssemos treinado.(    )
13.           Lorena canta muito bem.(    )
14.           Meus pais viajarão para o sul do país amanhã.(    )
15.           O estojo de Fred caiu no chão durante a aula.(    )
16.           Eu faria uma homenagem aos meus avós se eles viessem à minha formatura.(    )
17.           Camila e Carolina gostavam de patinar no shopping.(    )
18.          Bel guardou a folha que a professora entregara na aula anterior.(    )

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EXERCÍCIOS - MODO INDICATIVO

1. Sublinhe os verbos das orações abaixo e classifique-os de acordo com os tempos verbais do modo indicativo:
a) Gabriel estudou muito para a prova de amanhã.
b) Na próxima semana viajarei com meus primos para o litoral.
c) Durante a noite, relampejava como nunca.
d) Meus pais são muito compreensíveis comigo.
e) Os integrantes da banda receberiam um bom cachê para fazer o show.
f) Durante o incêndio, os bombeiros abriam as portas com violência.
g) Certamente, ainda riremos dessa situação embaraçosa.
h) As pessoas aprendem com seus próprios erros.


2) Complete as lacunas das orações abaixo:
a) A flor se ____________________ em fruto. (transformar - pretérito perfeito).
b) A gatinha _______________________________  seu prato servido. (encontrar - pretérito imperfeito).
c) O cãozinho __________________________________   na piscina. (cair - pretérito perfeito).
d) Tu ______________________________________ muito bem. (escrever - presente)
e) Vós ________________________________________  todo o pudim? (comer - pretérito perfeito).
f) As crianças ________________________________________ mais cedo amanhã. (sair - futuro do presente)
g) Se você poupasse mais, ___________________________________ menos. (gastar - futuro do pretérito)
h) Nós ________________________________________  nosso problema através do diálogo. (resolver - futuro do presente)

RESPOSTAS

TEMPOS DO MODO INDICATIVO





PRESENTE
  • ·         EXPRESSA O MOMENTO DA FALA OU ALGO QUE ACONTECE SEMPRE.

Marcelo não come legumes.

PASSADO
  • ·         PRETÉRITO PERFEITO
  • ·         AÇÃO PONTUAL, MARCADA NO TEMPO.

Lucas viajou para São Paulo ontem.

  • ·         PRETÉRITO IMPERFEITO
  • ·         AÇÃO QUE SE PROLONGA NO TEMPO, ALGO QUE COSTUMAVA ACONTECER.

O caminhão carregava mudanças de uma cidade para outra.

  • ·         PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO
  • ·         AÇÃO NO PASSADO ANTERIOR A OUTRA TAMBÉM NO PASSADO.

O lobo encontrou o carneirinho que se perdera do rebanho.

FUTURO
  • ·         FUTURO DO PRESENTE
  • ·         AÇÃO QUE OCORRERÁ DEPOIS DO MOMENTO DA FALA.

A livraria entregará a encomenda na próxima semana.

  • ·         FUTURO DO PRETÉRITO
  • ·         AÇÃO QUE ACONTECERIA SE UMA CONDIÇÃO FOSSE ATENDIDA.

Eu votaria naquele candidato se ele fosse honesto.

EXERCÍCIOS - POLISSEMIA E AMBIGUIDADE

1. Leia o trecho abaixo. Trata-se de uma frase ambígua.

“A mãe pediu à filha que arrumasse o seu quarto.”

  • Explique de que maneiras a frase acima pode ser interpretada.
  • Reescreva a frase em destaque tirando a ambiguidade.


2. Explique a ambiguidade presente no anúncio abaixo.

3. Observe a tirinha:

Explique a ambiguidade presente na tira.

4. Crie frases coma as seguintes palavras polissêmicas:
a) Pé
b) Cabeça
c) Pena
5. Observe o diálogo a seguir transcrito e identifique o motivo pelo qual houve dificuldade na comunicação.

"A mulher entra numa loja de roupas femininas, chama o vendedor e pergunta:
- Senhor, posso experimentar este vestido na vitrine?
O vendedor responde:
- Será que a senhora não preferiria experimentar no provador?"
(Fonte: Introdução ao estudo do léxico - brincando com as palavras - Rodolfo Ilari Editora Contexto, 2006 - p. 13)

6. Observe a tirinha “Garfield”, de Jim Davis:


Tirinha “Garfield”, de Jim Davis. 
A polissemia consiste em atribuir a uma única palavra várias significações
Encontramos o efeito polissêmico empregado na seguinte palavra:
a) vaca.
b) humano.
c) costela.
d) radiografia.
e) conversa.

RESPOSTAS

AMBIGUIDADE

Afinal, o que é ambiguidade?

De maneira bem simples, podemos dizer que a ambiguidade ocorre quando uma frase ou expressão apresenta um DUPLO SENTIDO, ou seja, eu posso entender de duas maneiras diferentes uma mesma mensagem.
Quando a ambiguidade não é intencional, gera sérios problemas na comunicação e a mensagem pode ser interpretada de maneira errada.

Vamos imaginar que a esposa tenha mandado o seguinte bilhete para o marido:



O marido ficou desesperado, achando que sua própria mãe havia passado mal e teve que ser levada ao médico.
Mas, na verdade, quem passou mal e foi para o médico foi a mãe de Joaquim.

Para que esse tipo de problema na comunicação não ocorra é preciso estar atento quanto ao uso das palavras de forma bem clara.


A ambiguidade também pode ser utilizada como um excelente recurso linguístico, em textos humorístico, charges, cartuns, tirinhas, letras de música e textos publicitários.

Veja alguns exemplos a seguir:


















POLISSEMIA

Você já sabe que uma mesma palavra pode assumir diferentes significados dependendo da situação em que for utilizada.

Veja as frases abaixo:

I. A vela do barco rasgou-se com o vento forte.

II. Acenda uma vela, acabou a luz!

III. A mãe vela pelo filho enquanto ele dorme.


A palavra VELA apareceu três vezes, em cada situação foi utilizada em uma acepção (significado) diferente. O que vai determinar o sentido da palavra é o contexto em que ela está sendo aplicada. Quando isso acontece, dizemos que se trata de uma palavra POLISSÊMICA.

Veja outros exemplos:

BARBEIRO

Meu avô era o melhor barbeiro da cidade.
Fui picado pelo bicho barbeiro.
Aquele motorista é barbeiro, quase bateu no meu carro.

EXTRATO

Fui ao mercado e comprei extrato de tomate para fazer um macarrão delicioso.
Quando tirei o extrato da minha conta, fiquei muito preocupada.

BANCO

O casal de namorados ficou o tempo todo no banco da praça.
Depositei todo o dinheiro no banco.

CONTA

Leia o problema e faça a conta para descobrir o resultado.
Não se intrometa, isso não é da sua conta!
Quem é honesto conta sempre a verdade.
Garçom! Traga a conta!
Abri uma conta no banco.

CARTEIRA

Minha carteira está cheia de dinheiro!
Rabisquei a carteira da sala de aula e fui para a diretoria.


           










terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Modo subjuntivo

Como você já sabe, o modo subjuntivo é utilizado para indicar um fato incerto, uma possibilidade, expressar uma ideia de dúvida, exprimir uma ação irreal ou hipotética.
O modo subjuntivo apresenta os seguintes tempos verbais:

PRESENTE
Trata-se de uma possibilidade, um fato incerto no presente. Aparece, normalmente, acompanhado de expressões como: TOMARA QUE, ESPERO QUE, DESEJO QUE, TALVEZ, É NECESSÁRIO QUE, QUERO QUE, entre outras.

Quero que você coma um pedaço do bolo que eu fiz.
Espero que tenhamos um final de semana animado.
Talvez eles partam mais cedo para casa.

PRETÉRITO IMPERFEITO
Trata-se de um fato hipotético no passado, uma possibilidade de algo ter acontecido. Vem acompanhado, na maioria das vezes, pela palavra SE (que indica possibilidade).

Se eu ganhasse um celular novo, pularia de alegria.
Eu iria ao cinema, se você me convidasse.
Se nós bebêssemos refrigerante todos os dias, estaríamos obesos.

FUTURO
Trata-se da possibilidade de um fato acontecer no futuro. Aparece acompanhados das palavras QUANDO ou SE.

Quando todos se amarem, teremos um mundo melhor.
Se eu estudar bastante para a prova, tirarei uma boa nota.
Quando você falar a verdade, ficará com a consciência tranquila.

Conjugação dos verbos regulares no subjuntivo



Presente
ESTUDAR
ENTENDER
PARTIR
1ª P.S. QUE  EU
ESTUDE
ENTENDA
PARTA
2ª P.S. QUE  TU
ESTUDES
ENTENDAS
PARTAS
3ª P.S.  QUE ELE
ESTUDE
ENTENDA
PARTA
1ª P.P. QUE  NÓS
ESTUDEMOS
ENTENDAMOS
PARTAMOS
2ª P.P. QUE  VÓS
ESTUDEIS
ENTENDAIS
PARTAIS
3ª P.P. QUE  ELES
ESTUDEM
ENTENDAM
PARTAM


Pretérito Imperfeito
ESTUDAR
 ENTENDER
 PARTIR
1ª P.S. SE EU
ESTUDASSE 
 ENTENDESSE
 PARTISSE
2ª P.S. SE  TU
ESTUDASSES
 ENTENDESSES
 PARTISSES
3ª P.S. SE  ELE
ESTUDASSE
 ENTENDESSE 
PARTISSE
1ª P.P. SE NÓS
ESTUDÁSSEMOS 
 ENTENDÊSSEMOS
 PARTÍSSEMOS
2ª P.P.  SE VÓS
ESTUDÁSSEIS
 ENTENDÊSSEIS
 PARTÍSSEIS
3ª P.P.  SE  ELES
ESTUDASSEM
 ENTENDESSEM 
 PARTISSEM




Futuro
ESTUDAR 
 ENTENDER
 PARTIR
1ª P.S.  QUANDO  EU
ESTUDAR
 ENTENDER
 PARTIR
2ª P.S. QUANDO  TU
ESTUDARES
 ENTENDERES
 PARTIRES
3ª P.S. QUANDO ELE
ESTUDAR
 ENTENDER
 PARTIR
1ª P.P. QUANDO NÓS
ESTUDARMOS
 ENTENDERMOS
  PARTIRMOS
2ª P.P. QUANDO VÓS
ESTUDARDES
 ENTENDERDES
 PARTIRDES
3ª P.P. QUANDO ELES
 ESTUDAREM
 ENTENDEREM
 PARTIREM
























sábado, 21 de janeiro de 2017

PARA QUE NINGUÉM A QUISESSE



Porque os homens olhavam demais para a sua mulher, mandou que descesse a bainha dos vestidos e parasse de se pintar. Apesar disso, sua beleza chamava a atenção, e ele foi obrigado a exigir que eliminasse os decotes, jogasse fora os sapatos de saltos altos. Dos armários tirou as roupas de seda, da gaveta tirou todas as joias. E vendo que, ainda assim, um ou outro olhar viril se acendia à passagem dela, pegou a tesoura e tosquiou-lhe os longos cabelos.
Agora podia viver descansado. Ninguém a olhava duas vezes, homem nenhum se interessava por ela. Esquiva como um gato, não mais atravessava praças. E evitava sair.
Tão esquiva se fez, que ele foi deixando de ocupar-se dela, permitindo que fluísse em silêncio pelos cômodos, mimetizada com os móveis e as sombras.
Uma fina saudade, porém, começou a alinhavar-se em seus dias. Não saudade da mulher. Mas do desejo inflamado que tivera por ela.
Então lhe trouxe um batom. No outro dia um corte de seda. À noite tirou do bolso uma rosa de cetim para enfeitar-lhe o que restava dos cabelos.
Mas ela tinha desaprendido a gostar dessas coisas, nem pensava mais em lhe agradar. Largou o tecido em uma gaveta, esqueceu o batom. E continuou andando pela casa de vestido de chita, enquanto a rosa desbotava sobre a cômoda. COLASANTI, Marina. "Para que ninguém a quisesse".

In: Contos de amor rasgados. Rio de Janeiro: Rocco, 1986. P. 111-2.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

SABER VIVER



"Não sei… Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura… Enquanto durar".

Cora Coralina


UMA LEMBRANÇA PARA GUARDAR COM CARINHO



Hoje de manhã todo mundo chegou muito contente na escola, porque nós vamos tirar uma fotografia da classe, que vai ficar de lembrança para a gente guardar por toda a vida, como a professora disse. Ela também disse para todo mundo vir bem limpo e penteado. Eu entrei no pátio do recreio cheio de brilhantina na cabeça. Todos os meus amigos já estavam lá e a professora estava brigando com o Godofredo, que veio vestido de marciano. O Godofredo tem pai muito rico, que compra todos os brinquedos que ele quer. O Godofredo estava dizendo para a professora que ele queria de todo jeito ser fotografado de marciano e que, senão, ele ia embora.
O fotógrafo também já estava lá com a máquina, e a professora disse para ele andar logo, porque senão a gente ia perder a aula de matemática. O Agnaldo, que é o primeiro da classe e o queridinho da professora, disse que seria uma pena não ter aula de matemática, porque ele gosta muito e tinha feito todos os problemas. O Eudes, um colega muito forte, queria dar um soco no nariz do Agnaldo, mas o Agnaldo usa óculos e a gente não pode bater nele tanto quanto gostaria. A professora começou a gritar que nós éramos insuportáveis, que se continuasse assim não ia ter mais fotografia e que ia todo mundo para a classe. Aí o fotógrafo disse: “Vamos, vamos, calma, calma. Deixe que eu sei como se fala com criança, vai dar tudo certo.”
O fotógrafo resolveu que a gente tinha que ficar em três filas: a primeira fila sentada no chão, a segunda em pé em volta da professora, que ia ficar sentada numa cadeira, e a terceira, em pé em cima de uns caixotes. Esse fotógrafo tem boas ideias mesmo.
Fomos buscar os caixotes que estavam no porão da escola. Foi muito divertido, porque não havia muita luz no porão e o Rufino enfiou um saco velho na cabeça e ficou gritando: “UUU! Eu sou um fantasma”. E aí a gente viu a professora chegar. Ela não parecia muito contente, então nós saímos depressa com os caixotes. O único que ficou foi o Rufino. Com aquele saco ele não via o que estava acontecendo e continuava gritando: “UUU! Eu sou um fantasma”, e foi a professora que tirou o saco da cabeça dele. O Rufino levou um baita susto. Quando chegou de novo no pátio, a professora largou a orelha dele e bateu com a mão na testa e disse: “Mas vocês estão imundos.” Era verdade, a gente tinha se sujado um pouco fazendo palhaçadas no porão. A professora estava zangada, mas aí o fotógrafo disse que não fazia mal, que dava tempo da gente se lavar enquanto ele arrumava os caixotes e a cadeira para a foto. O único que estava com a cara limpa era o Agnaldo, e fora ele também o Godofredo, porque ele estava com a cabeça dentro do capacete de marciano, que parecia um aquário. O Godofredo disse para a professora: “Está vendo só, professora, se todos tivessem vindo vestidos como eu não tinha acontecido nada disso.” Eu vi que a professora estava com muita vontade de puxar as orelhas do Godofredo, mas não tinha jeito de segurar, no aquário. Essa roupa de marciano é um arranjo incrível!

(Goscinny. O Pequeno Nicolau. Martins Fontes, São Paulo, 1986)